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Mostrando postagens de janeiro, 2010

Incidente em Antares – Uma reflexão sobre a fé cristã

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O livro Incidente em Antares do grande e saudoso escritor gaúcho Érico Verissimo, é sem dúvida alguma uma obra-prima da literatura nacional. É o tipo de livro, em que o autor nos convida a diversas reflexões políticas, filosóficas, sociológicas e... teológicas! Para quem nunca leu o romance, e nem o conhece, pode passar simplesmente como uma ficção, onde mortos ressuscitam e se apresentam em decomposição na praça central da cidade. Porem é necessário esclarecer alguns pontos e ressaltar certas lições de grande atualidade. Antares é uma cidade fictícia, localizada no Rio Grande do Sul. Ao relatar a origem e desenvolvimento de sua povoação, o escritor vai contando; através desse município, um pouco da história do Brasil e do próprio Rio Grande do Sul. A ascensão e decadência do coronelismo nessa parte do país, bem como a dinâmica social, são retratadas com argúcia e inteligência pelo autor. Antares é na verdade uma síntese do Brasil na era do pré-golpe de 1964. Nela e

Uma entrevista histórica com o pastor José Pimentel de Carvalho

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O pastor José Pimentel de Carvalho, saudoso presidente da Assembléia de Deus em Curitiba, foi um dos últimos obreiros que conviveu com os pioneiros suecos, e com outros pastores que fizeram história na denominação e ajudaram a moldar a igreja nesses quase cem anos de sua existência no Brasil. Presidente da CGADB por seis mandatos e presidente da AD de Curitiba desde 1962, ele concedeu no final do ano de 1987 uma entrevista em Joinville ao periódico O Assembleiano . Na época no alto de seus 71 anos com 42 anos de ministério, ele expressou-se sobre alguns assuntos que ainda hoje geram polêmica dentro da denominação. Por ser um representante legítimo de uma geração de obreiros quase que extinta, selecionei trechos da entrevista onde em seguida faço alguns comentários para situar o leitor historicamente.  O Assembleiano : Há quarenta e dois anos, no início do seu pastorado, era mais fácil conduzir a igreja? Pimentel : Era mais fácil, porque o crente respeitava mais a