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Mostrando postagens de dezembro, 2010

AD em São Cristóvão (RJ): a descaracterizarão de uma igreja histórica

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Na grandiosa festa de comemoração do 60º aniversário da CEADAM (Convenção Estadual da Assembleia de Deus no Amazonas), cujo tema foi "Avivamento para transformar o Planeta", vários pastores, cantores e pregadores abrilhantaram os trabalhos. A multidão de membros e obreiros de todo estado lotaram o sambódromo de Manaus para celebrar o evento. Entre os preletores estava um jovem pastor com pinta de galã: elegantemente trajado, penteado impecável, eloquente e teatral nas suas prédicas, o pregador fazia a multidão delirar com suas mensagens.  Obreiros, crentes, homens e mulheres caiam ao serem atingidos pelos "mísseis" divinos lançados sobre os fiéis, ou com um simples sopro caíam ao chão extasiadas do poder de Deus. Ele mesmo, empolgado com os acontecimentos ao seu redor, entre efusivas manifestações de louvor do povo ali reunido, cambaleava como se estivesse embriagado. O pregador cuja performance foi brevemente descrita nas linhas acima, é o Apóstolo Je

Benedita da Silva - mulher, negra, favelada e política assembleiana

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Para Paul Freston em seu livro Evangélicos na Política Brasileira , Benedita da Silva é uma pentecostal atípica. Filha de um operário de construção (décima-segunda numa prole de treze) e de uma lavadeira, ambos analfabetos, Benedita trabalhou de empregada e camelô. Tornou-se auxiliar de enfermagem, e posteriormente já vereadora, graduou-se em Serviço Social. Freston observa ainda, que a sua politização se deve aos pais. Sendo filha de mãe de santo, ela herdou de sua genitora a capacidade de liderança, e nas associações comunitárias ela desenvolveu sua formação política. Tornou-se membro da Assembleia de Deus aos 24 anos, "adaptando-se aos costumes mas não ao apoliticismo." (Freston 1994: 108) Durante toda sua atuação política foi vista com reservas e desconfianças pela liderança assembleiana. Era filiada ao PT numa época em que o partido era visto como a encarnação do mal. Ao defender os direitos dos negros, mulheres e homossexuais, ela causava desconfianças entre

Memória fotográfica - Líderes da Assembleia de Deus em Santa Catarina

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A fotografia nos permite reviver momentos alegres e tristes, permite também realizar uma viagem ao tempo. Ela capta um momento, um instante, um evento e o eterniza. Nessa fotografia você observa um desse momentos eternizados. Cedida gentilmente pela família Loureiro, esse encontro de pastores e obreiros catarinenses ficou para posteridade através dessa foto. No livro O Reino entre príncipes e princesas  - 75 anos de história da Assembleia de Deus em Joinville encontramos a informação de que esse registro se fez na Convenção de obreiros, realizada em Florianópolis em 1958. Na primeira fila sentados da esquerda para a direita encontramos os pastores João Ungur e esposa, Antonieto Grangeiro, Antonio Lemos, missionário Simon Lundgren, Manoel Germano de Miranda, Agnelo José da Costa, Osmar Cabral e esposa, Satyro Loureiro e esposa. Em pé, entre vários convencionais se observa a presença de Artur Montanha, Liosés Domiciano e José Vieira. Ainda em pé na quarta fila (o ter