Memória fotográfica - Líderes da Assembleia de Deus em Santa Catarina

A fotografia nos permite reviver momentos alegres e tristes, permite também realizar uma viagem ao tempo. Ela capta um momento, um instante, um evento e o eterniza.

Nessa fotografia você observa um desse momentos eternizados. Cedida gentilmente pela família Loureiro, esse encontro de pastores e obreiros catarinenses ficou para posteridade através dessa foto.


No livro O Reino entre príncipes e princesas  - 75 anos de história da Assembleia de Deus em Joinville encontramos a informação de que esse registro se fez na Convenção de obreiros, realizada em Florianópolis em 1958.

Na primeira fila sentados da esquerda para a direita encontramos os pastores João Ungur e esposa, Antonieto Grangeiro, Antonio Lemos, missionário Simon Lundgren, Manoel Germano de Miranda, Agnelo José da Costa, Osmar Cabral e esposa, Satyro Loureiro e esposa.

Em pé, entre vários convencionais se observa a presença de Artur Montanha, Liosés Domiciano e José Vieira. Ainda em pé na quarta fila (o terceiro da esquerda para a direita, bem abaixo do bem-vindos), esta o pastor Nirton Santos.

Todos esses senhores, a grande parte de saudosa memória, outros ainda vivos, contudo já jubilados de suas atividades pastorais, foram realmente grandes pioneiros do trabalho pentecostal em Santa Catarina. Evangelizavam várias cidades de pé, bicicleta, cavalo, carroça ou qualquer outro veículo. 

Observe esses senhores. Não há o espírito triunfalista que hoje toma conta de tantos obreiros. Ao contrário de que acontece hoje, alguns deles largaram carreiras promissoras e bons empregos para se dedicar a tarefa árdua de pregar o evangelho. Um deles foi integrado, mas sem promessa de salário mensal garantido, outro ao morrer acabou por deixar a família sem casa ou algum imóvel para morar. Outros no desejo de agradar a Deus e a igreja, descuidaram dos próprios filhos e morreram vendo a família praticamente fora da denominação que ajudaram a construir.

Observe esses obreiros. Seus semblantes estão marcados pela dureza, vicissitudes e perseguições dos primeiros tempos de pregação pentecostal. Alguns morreram no total esquecimento, ou sem o devido reconhecimento por tantos anos de lutas. Longe se ser um bom negócio, ser obreiro pentecostal naquela época era optar pelo sacrifício, pelas lutas e por uma vida espartana, sem luxos ou ostentações.

Observar esse momento, refletir sobre a vida desse pioneiros é importante para repensarmos o que é ser ministro do evangelho hoje. É evidente que os dias são outros, a sociedade mudou e a igreja também. As circunstâncias nas quais são edificados muitos obreiros são muito diferentes das de antigamente, mas é também evidente que o ministério deixou de ser encarado por muitos como uma vocação, para se tornar simplesmente um meio rentável de ganhar a vida.

Então ao visualizar essa imagem, procure ir além dela e conheça as vidas e as várias histórias que estão por trás delas. Leia os semblantes, pesquise sobre sua época, e será grande seu aprendizado.

Comentários

  1. Como apreciador da história de nossa Assembléia de Deus, gostei do artigo e aproveito para parabenizá-lo pelo blog. Convido o amado irmão para participar do meu blog e assim compartilharmos nossas idéias. Também gostaria de saber como faço para adquirir o livro "O Reino entre príncipes e princesas...". Meu e-mail para contato é: jacosantiago@yahoo.com.br
    Desde já agradeço-lhe a atenção.

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  2. Maravilhas ,poder conhecer um pouco mais das Historias
    das Assembleias de Deus no Brasil,e seu Pioneiros,isto
    é muito gratificante,Deus abeçoê ao nosso irmão Jaçó Rodrigues Santiago por esta ideia Genial.

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