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Mostrando postagens de março, 2011

Cem anos da Assembleia de Deus: uma roda viva

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Na falta de um assunto ou texto para postar, resolvi colocar esse vídeo. Roda Viva de Chico Buarque é uma música que poderia expressar bem o momento atual das Assembleias de Deus no Brasil. Para algumas pessoas, meia palavra basta, quanto mais uma letra como essa...

Nos Bastidores do Reino: uma reflexão sobre o movimento pentecostal

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Reli recentemente o livro Nos Bastidores do Reino: a vida secreta na Igreja Universal do Reino de Deus (Geração Editorial), de autoria do ex-pastor da IURD Mario Justino. A obra, como o nome já esclarece, é o relato de um ex-líder da denominação, que resolveu tornar público suas experiências ministeriais na Igreja Universal.  Muito mais do que isso, o livro é um retrato do que já estava se tornando a Universal e, consequentemente, as demais igrejas pentecostais brasileiras. Nos relatos de Justino, em diversos momentos, o leitor encontra semelhanças com outras denominações. É possível identificar métodos hoje usados em larga escala nas Assembleias de Deus, Quadrangular, Internacional da Graça, etc. É interessante, como narra suas decepções com o chamado "sistema eclesiástico". Na medida, em que Mário Justino conta suas ascensão e queda ministerial, muitos leitores da obra podem se identificar com ele. Pois, muitas de suas desventuras, foram ou são vividas p

Tibério Vacariano e Pastor Pimentel: dinossauros em extinção

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O escritor, Érico Verissimo (1905-1975), gostava de retratar em seus romances os vícios, as transformações e a decadência da sociedade conservadora gaúcha e brasileira. Seu último romance, Incidente em Antares , é um exemplo disso. Tendo como base um acontecimento fantástico (a volta dos mortos vivos) na pequena cidade fictícia de Antares, o escritor denuncia os mais variados abusos feitos em nome da moral e dos bons costumes, bem como a hipocrisia reinante entre os "donos do poder". Um dos personagens mais emblemáticos é do grande latifundiário e coronel Tibério Vacariano. Rico, prepotente, e influente na política e na economia da região, Tibério é apresentado no romance como o mais legítimo representante do coronelismo político do Rio Grande do Sul. Era ele quem dava as cartas na política e controlava os destinos do município. Porém, ao envelhecer, seu poder vai gradualmente se tornando obsoleto e sua enorme influência vai aos poucos se diluindo.  Ao morrer,