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Mostrando postagens de fevereiro, 2014

Frida Vingren: seu esquecimento e morte

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O lançamento da biografia da missionária Frida Vingren editado pela CPAD foi aguardado com muita expectativa pelos estudiosos da história das Assembleias de Deus no Brasil, pois muitas informações sobre a pioneira, seu ministério e as polêmicas envolvendo seu nome já eram conhecidas através dos escritos do sociólogo Gedeon Alencar, o qual desde fins dos anos 90 tem resgatado a memória da senhora Vingren. Alencar fez uma extensa pesquisa sobre Frida como parte da sua tese de mestrado e doutorado. Em 2009 já havia publicado um artigo na revista Religiões em Diálogo intitulado Frida Vingren (1891-1940): quando uma missão vale mais que a vida -  e nesse texto detalhado a atuação da mulher de Gunnar Vingren nas ADs e a oposição ao seu ministério. Em sua tese de doutorado, o sociólogo teve a ajuda da jornalista Kajsa Norell, que lhe deu vários livros, jornais e cartas dos suecos digitalizados lhe auxiliando grandemente na pesquisa. Dessa forma, novos detalhes foram incorporados e, o esp

Frida Vingren: do esquecimento a mitificação

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O sociólogo Paul Freston ao refletir sobre a história do pentecostalismo brasileiro, comenta que, quanto mais "erudita" uma igreja se torna, maior é a preocupação com o controle de sua própria história.  Com o aumento das pesquisas acadêmicas sobre as Assembleias de Deus (e também sobre outras denominações pentecostais) essa preocupação se tornou ainda mais forte, pois alguns mitos e biografias, inevitavelmente acabam sendo revistos e questionados.  Então como lidar com essas novas versões? Ignorá-las e fazer de conta que a história denominacional é intocável? Ou seria melhor retocá-la, ou seja, responder com uma nova versão dentro dos padrões já pré-estabelecidos pela instituição? O livro Frida Vingrem , do jornalista Isael de Araújo é uma tentativa de controle da história. Os estudiosos já discutiam antecipadamente que, a obra seria uma resposta da CPAD aos escritos do sociólogo Gedeon Alencar, que desde o fim da década de 1990, têm resgatado a memória da pioneira do

Dedos de Davi - Missões na Argentina

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Foi uma semana inesquecível. Assim pode ser descrita, as festividades que marcaram um ano de trabalho evangelístico do missionário Claribalte (Duca) Nunes e de sua família em Barranqueras, cidade portuária da província do Chaco na Argentina. A celebração da nova igreja em formação, foi destaque no Mensageiro da Paz , edição de fevereiro de 1977, em matéria assinada pelo pastor Oceano Ramos Correia. Enviados pela Assembleia de Deus em Joinville, os Nunes iniciaram sua trajetória missionária em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, em 1974. No início de 1975, à família transferiu-se para a Argentina, mais especificamente para a província de Corrientes. Um mês depois rumaram para o Chaco, se estabelecendo na pequena cidade de Barranqueras.  No começo das atividades em Barranqueras, as reuniões eram realizados na própria residência dos missionários. Mas sentindo as possibilidades de crescimento da obra pentecostal, Duca, contra todas as expectativas possíveis, e sem recursos financ