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Mostrando postagens de novembro, 2015

A AD em Teresina - a fragmentação da história

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É notório que os principais ministérios das ADs no Norte e Nordeste do Brasil possuem uma história de cisões e turbulências. No Ceará na década de 1960, Luiz Bezerra da Costa "arrancou" para a congregação de Bela Vista (e para si) a autonomia depois de um período de desavenças ferrenhas.  Em Pernambuco, nos anos 80, a AD em Abreu e Lima conseguiu sua independência tornando-se ministério autônomo. Na Paraíba, a região de Campina Grande também se distingue da AD estadual, e na Bahia já se formaram duas convenções. Idêntico caso há no Amazonas e no Pará berço da denominação do país. As rupturas ocorridas resultaram das tensões e lutas pelo poder eclesiástico, pois debaixo da "unção divina" os abnegados obreiros refletiram o estilo coronelista da sociedade patriarcal. Com o tempo e o crescimento das igrejas, as cisões institucionais passaram a alavancar projetos próprios ou familiares de poder. AD em Teresina: uma igreja fragmentada Com tantas div

Os mitos e suas idiossincrasias

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Alguns pastores assembleianos entraram para a história da denominação pela capacidade de administração e expansionismo dos seus ministérios. Tornaram-se mitos e referenciais de gerações de crentes pelo Brasil. Conforme o sociólogo Gedeon Alencar, esses pioneiros, os quais ainda na juventude foram separados ao pastorado se eternizaram nos cargos e na liderança das igrejas. Permaneceram "entronizados em suas 'cadeiras papais' nos púlpitos, inquestionáveis em suas idiossincrasias*, reverenciados por seus seguidores." E de tal forma mitificados que, suas biografias tornaram-se verdadeiros panegíricos. Mas, como destacou Marina Correia, o que importa nas narrativas oficiais é a "santidade ministerial". Segundo a autora da obra Assembleia de Deus: Ministérios, carisma e exercício de poder , "os pastores são escolhidos por Deus, suas palavras são ungidas pelo Espírito Santo, começaram na obra de Deus com muito sacrifício", e nessa espinhosa camin

A construção do templo da AD em Tubarão - um marco de fé

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"Assim edificamos o muro; porque o coração do povo se inclinava a trabalhar". Ne 4.6 Com esse versículo bíblico, o saudoso pastor Antonieto Grangeiro Sobrinho, um dos pioneiros do movimento pentecostal no Brasil, iniciou seu informe ao Mensageiro da Paz sobre a construção do templo da Assembleia de Deus em Tubarão (SC). Obra que exigiu um grande esforço de todos os fieis da igreja, no já distante ano de 1950. A AD em Tubarão estava em atividade desde 1938, e se constituía em ponto estratégico de evangelização na região sul de Santa Catarina.  Segundo o depoimento do pioneiro ao periódico assembleiano, os fiéis sentiam a falta de um espaço adequado para celebrações dos seus cultos, mas "a princípio parecia impossível conseguirmos construí-lo, faltava-nos coragem para iniciar a obra" . O motivo para tal descrença era a falta de recursos financeiros.  Mesmo com pouco dinheiro em caixa, os alicerces do templo foram lançados e a expectativa de construção seri