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Mostrando postagens de abril, 2016

Eduardo Cunha - o assembleiano

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Nunca antes na história, um assembleiano teve tanto destaque no Brasil. Como presidente da Câmara dos Deputados em Brasília, ele está diretamente na linha de sucessão da presidência da República. Em outros tempos, isso seria motivo de orgulho para os milhões de fieis das ADs espalhados pelo Brasil. Hoje, é sinal de constrangimento.  Nos últimos meses, Eduardo Cunha tem sido um dos principais protagonistas da nossa conturbada política. Cunha começou na vida política em 1989, através de Paulo César Farias, tesoureiro da campanha presidencial de Fernando Collor de Mello. A queda de Collor, também resultou na saída de Cunha do cargo de presidente da Telerj, estatal de telefonia do estado do Rio de Janeiro. Tempos depois, Eduardo aproxima-se do deputado evangélico Francisco Silva, filia-se a igreja Sara Nossa Terra e trabalha como radialista na Melodia FM. Cunha: membro da AD Amplia consideravelmente sua fama no programa O povo merece respeito . Bom comunicador, Cunha us

Adriano Nobre: o pioneiro da Assembleia de Deus em PE

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* Por Altair Germano É interessante como a história é passiva de manipulações e omissões, refém dos interesses pessoais ou coletivos de quem a conta.  Joel Carlson não foi, como muitos afirmam, o pioneiro das Assembleias de Deus em Pernambuco. Este mérito pertence a Adriano Nobre, “um crente presbiteriano, filho de seringalistas paraenses e comandante de navio da Companhia Port of Pará” (DANIEL, 2004, p. 73). Observe o que nos narra alguns historiadores: Adriano Nobre Como ocorreu em tantos outros lugares do Brasil, Pernambuco também recebeu as primeiras chamas do Movimento Pentecostal graças ao espírito evangelizador e o pioneirismo que caracterizaram o trabalho da igreja em Belém do Pará. Foi graças à larga visão espiritual daquela igreja que um de seus membros, Adriano Nobre, foi enviado a Recife, em 1916, com o objetivo de testificar de Jesus e verificar as possibilidades de estabelecer um trabalho de evangelização na capital de Pernambuco. […] Em uma dessa visitas ele e

José Menezes - Está Errado

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O Pastor José Menezes (1896 - 1972) foi um dos pioneiros das ADs no Norte e Nordeste do Brasil. Liderou várias igrejas, convivendo com os missionários suecos e os pastores mais antigos da denominação. Também produziu muito na área literária: entre 1960 a 1973 comentou as Lições Bíblicas da Escola Dominical (CPAD) e escreveu muitos artigos doutrinários para o Mensageiro da Paz. Em um desses artigos, publicado na coluna intitulada Está Errado no MP (1ª quinzena de abril de 1969), Menezes fez fortes criticas aos chamados "pastores regionais". Os "pastores regionais", segundo o jornalista Geremias Couto, era uma titulação muito comum no Nordeste para designar os líderes que supervisionavam as igrejas de um estado ou região. No passado, os mais conhecidos a desempenhar essa função foram os pastores José Teixeira Rêgo do (CE) e Estevam Ângelo de Souza (MA). Atualmente em Pernambuco, o Pastor Aílton José Alves lidera dessa forma. Pastor Menezes: críticas ao pastor region

Pastor-presidente - críticas ao modelo

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Como já foi observado na postagem anterior, a nomenclatura "pastor-presidente" começou a ser usada dentro das ADs por volta de 1959. Em 1950, Paulo Leivas Macalão é denominado "pastor geral" do campo eclesiástico de Madureira. Dados da época confirmam esse título. A edição de setembro de 1955 da revista Subúrbios em revista  relata que  "o trabalho sob a jurisdição do Pastor Paulo Leivas Macalão, está constituído por um ministério de 37 pastores, 170 presbíteros, 60 evangelistas e mais de 1.200 diáconos e auxiliares de trabalhos."  Além do Rio de Janeiro, 0 ministério de Madureira já estava presente em São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Paraná e Espírito Santo; com um número estimado de 50 mil membros em comunhão. Macalão, centralizador e precavido, percebendo as tensões latentes em decorrência da notável expansão da obra, resolveu em 1958 criar a Convenção Nacional de Madureira, assegurando unidade ao trabalho diante da visível fragment

A construção do pastor-presidente

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Pastor-presidente é o modelo de liderança mais conhecido dentro das ADs. Para muitos, tem-se a impressão que a igreja já nasceu sob essa forma de administração eclesiástica, sendo a titulação totalmente bíblica e "natural". Mas, ao contrário disso, o cargo de pastor-presidente é uma construção a posteriori do nascimento do movimento pentecostal no Brasil. A consolidação desta função tão respeitada (e temível para alguns), tem relação com o sistema de governo adotado pela igreja em sua fase de expansão.  As ADs nasceram congregacionais. Seus fundadores, segundo Freston "guardavam zelosamente a autonomia da congregação local." Mas a nacionalização da obra em 1930, e seu crescimento, mais a ascensão dos obreiros nativos mudaram esse panorama. Paulo Macalão: Pastor Geral em 1950 Gedeon Alencar afirma, que a "militância arminiana e congregacional de uma irmandade simples, voluntariosa e profundamente marcada por fenômenos pentecostais dá es