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Mostrando postagens de maio, 2016

As "aves de arribação" nas Assembleia de Deus

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No mês de abril de 1969, o Pastor da AD em Manaus, José Menezes, na época pastor da AD, observou na coluna " Está Errado"  no Mensageiro da Paz, sobre os perigos do acúmulo de poderes do "pastor regional" no nordeste brasileiro. Segundo o experiente obreiro, a hegemonia dos tais líderes, poderia fazer da igreja um "beco de inovações, criação de leis e estatutos imprecisos, proteção a favoritos, trazer indivíduos como  "aves de arribação."  O dicionário Michaelis online esclarece, que as aves de arribação "migram em busca de condições mais favoráveis às suas características biológicas", mas figuradamente podem designar "forasteiros que não se demoram no país onde buscam meios de vida." Em outras palavras, são oportunistas que tiram proveito das circunstâncias, buscando tão somente interesses próprios. O notável crescimento das ADs e a formação de uma estrutura eclesiástica considerável, que dava ao pastor regional (ou pre

A difícil arte de "inspirar amor"

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Segundo os melhores dicionários, o verbo namorar significa:  esforçar-se para conseguir o amor de; cortejar, galantear, atrair, cativar, inspirar amor a, seduzir.  Namorar, portanto, é (ou deveria ser)  o primeiro passo para o casamento. Teoricamente, essa bela fase juvenil deveria ser só de romantismo. Mas para muitos jovens das ADs esse período de "inspirar amor", era acima de tudo, submeter-se a uma série de regras rígidas. Os jovens crentes do século XXI, não imaginam as dificuldades dos antigos casais para namorar. As ADs em Santa Catarina são um bom exemplo dos tempos de rigidez. Na década de 1950, a mocidade catarinense era submetida a diversas normas para um namoro santo e decente. As instruções oficiais da igreja eram impostas e divulgadas aos seus membros e caso não fossem obedecidas resultavam em penalidades. Segue ao leitor algumas das recomendações aos enamorados: 1. O namoro (assim como os dias da semana) são permitidos para aqueles que pretendem se c

Túnel do tempo: A Música fala a Deus

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Era um sobrado cinzento, no Campo de São Cristóvão, igual a muitos prédios do bairro, um edifício armado erguido entre o casario da velha praça. Mas diferente de todos, pois era a casa de Deus”. Na porta de entrada, o convite bíblico: “Jesus disse: Vinde porque tudo já está preparado” . (Lucas 14.17) Rio de Janeiro, bairro de São Cristóvão. A Segunda Guerra Mundial havia findado na Europa, e os pracinhas da Força Expedicionária Brasileira voltam ao Brasil como heróis. Na então Capital do país, o clima era de alívio e desejo de liberdade política. O fim da ditadura do Estado Novo estava próximo. Nesse contexto de agitações nacionais e internacionais, a equipe da Revista da Semana , uma das principais publicações da época descreveu o culto na Assembleia de Deus em São Cristóvão no distante mês de julho de 1945.  Intitulada de A Música fala a Deus , aos leitores cariocas é descrito um dos cultos da igreja pioneira do movimento pentecostal na capital federal. Além de inédita pa

Política, uma visão cristão - Geremias Couto

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O livro Visão Cristã sobre - Política , é um ensaio de autoria do pastor Geremias Couto sobre a participação dos crentes na política. Logo em sua introdução, o autor avisa que seu objetivo não é "enaltecer a política como meio de redenção, nem fornecer um passaporte puro e simples de integridade aos políticos." Mas refletir, biblicamente, sobre um tema tão mal compreendido entre os evangélicos em geral.  Afinal, deve o cristão atuar na política? Reconhece o escritor, que o quadro atual não é muito animador. Candidatos em tempos de eleição apresentam-se como defensores dos valores cristãos, mas tão logo eleitos, abandonam o discurso para se dedicar a "negócios escusos, visando a satisfação de seus interesses pessoais." Com tantas decepções, a atitudes de muitos crentes é de alienação e apatia aos assuntos vinculados ao tema. Com clareza e objetividade, o jornalista aborda o conceito de política e o equívoco do ensino da suposta dicotomia entre o sagrado e o

Pastor num lê bíblia errado não!

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*Por Gedeon Alencar Um senhor entre quarenta e cinquenta anos senta ao meu lado com o jornal do metrô. Poucos minutos depois, me oferece o jornal:  — “Quer o jornal? Eu num sei ler não. Pego apenas para ver as fotos!”. Depois do choque inicial, pergunto:  — Se não sabe ler como o senhor pega ônibus? Ele me responde confiantemente:  — “Pelas cor”! — Como assim “pelas cor”? Você sabe exatamente qual a cor do ônibus que vai para seu trabalho ou para sua casa? Ele, então, me explica que não pega ônibus, pois, mora ao lado do trabalho. Somente esse quando precisa ir ao Jabaquara. Eu não conseguia acreditar que estava diante de um cidadão com o Metrô News nas mãos, andando de ônibus na maior cidade do país, mas analfabeto. Continuamos a conversa. Com seu palavreado típico e original, não demorou muito para eu descobrir que era cearense (como eu) e crente pentecostal (idem).  Veio para São Paulo há mais de vinte anos e nunca voltou para visitar a família.

Matheus Iensen e irmãos Falavinha - do interior do Paraná para o Brasil

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Há mais de 50 anos, surgia no interior do Paraná, um dos mais bem sucedidos e memoráveis ministérios de louvor dentro das Assembleias de Deus e da comunidade evangélica em geral: Matheus Iensen e irmãos Falavinha. Tudo teve início, quando o jovem Iensen comprou seu acordeon de 48 baixos na cidade de Faxinal no interior do Paraná e formou dupla com sua esposa Mercedes Falavinha Iensen. Cantavam principalmente os hinos "Seguindo Jesus" e "Dia glorioso". Ao mudar-se para Marilândia do Sul juntou-se ao casal a cunhada Raquel Falavinha. O repertório agradou, e logo os cantores sacros eram presença constante e obrigatória nas festividades nas igrejas da região. A "agenda de compromissos era intensa e concorrida". Com o tempo, os irmãos Enéias e José Falavinha uniram-se às irmãs para as primeiras gravações. Iensen e irmãos Falavinha: ministério profícuo no louvor Com o sucesso, o desejo de gravar se concretizou com a produção de dois compactos duplos.