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Mostrando postagens de julho, 2016

Pastor Carneiro - o ministério das controvérsias

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Antônio Alves Carneiro obteve autonomia junto à Madureira. Com grande contrariedade, Paulo Macalão, não conseguiu à exclusão do pastor de Anápolis na CGADB de 1962. O Ministério carioca teve que recomeçar o trabalho na cidade com um remanescente fiel. Em 1969, o Mensageiro da Paz publicou uma elogiosa matéria sobre a AD anapolina. Seu líder é apresentado no periódico como um obreiro "dinâmico" e empreendedor, a frente de um trabalho com 5 mil membros distribuídos por 18 municípios de Goiás, programa de rádio e forte trabalho assistencial. Um dado interessante: Carneiro estava exercendo mandato de vereador, coisa não muito comum naqueles dias dentro da denominação. Antônio Carneiro: controvérsias no ministério  Situada estrategicamente entre Goiânia e Brasília, na década de 1960, Anápolis viu sua população crescer mais de 50%. Era o resultado das políticas desenvolvimentistas implantadas pelo governo federal na região central do país. As ADs se beneficiavam, e cre

Pastor Carneiro - autonomia, exclusão e tensões na CGADB

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Ao trocar Brasília por Anápolis, Antônio Carneiro exigiu autonomia e, Paulo Macalão, para não perder a estratégica AD na futura capital do país fez a barganha. Para facilitar as negociações, Macalão apelou para uma profecia que, infelizmente, não previu as dificuldades futuras e a perda da igreja anapolina. Não há informações claras sobre as razões da cisão, mas há possibilidade do rompimento estar ligado à centralização de poder feita por Macalão em 1958, quando ele é eleito pastor geral do Ministério e cria a Convenção Nacional de Madureira. Para assegurar a unidade institucional elabora o "Estatuto Padrão", visando "garantir a comunhão fraternal, espiritual, doutrinária e patrimonial". É provável, que a centralização tenha desagradado o pastor da AD em Anápolis. Carneiro era um obreiro dinâmico, ousado e empreendedor. A personalidade dele, talvez não se moldasse às imposições vindas do Rio de Janeiro.  Carneiro: exclusão e autonomia Por sua vez,

Antônio Alves Carneiro - pioneiro em Brasília, dissidente em Anápolis

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Antônio Alves Carneiro nasceu no interior de Minas Gerais, na cidade de Estrela do Sul em 1924. Católico e ex-seminarista, em 1948, através do primo Cristiano Alves Rodrigues (futuro pastor da AD) converteu-se ao evangelho. Ordenado pastor em 1950, trabalhou nas cidades de Olho d'Água, Catalão, Pires do Rio e Ipameri. Brasília era apenas um sonho, quando no dia 19 de novembro de 1956, Carneiro e um grupo de pastores da AD de Madureira em Goiás visitaram o local. Havia tão somente "mata, cerrado e muito trabalho por realizar". Reunidos em círculo, os pioneiros oraram e informalmente iniciaram a AD na nova capital. Ao visitar o acampamento da Novacap, onde peões trabalhavam freneticamente preparando o terreno para as futuras obras, receberam informações de que o governo doaria lotes na região: porém todas as construções deveriam ser feitas de madeira. Era o início da Cidade Bandeirantes ou Cidade Livre. Como observou Jason Tércio em seu livro Os Escolhidos "B

Silas - a trajetória de um Malafaia

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Nascido em berço evangélico, Silas Lima Malafaia veio ao mundo no dia 14 de setembro de 1958, quatro meses depois de seu pai, Gilberto Malafaia ser separado ao presbitério na AD em Madureira (RJ) por Paulo Leivas Macalão. A mãe, Albertina, ao recordar o difícil parto do filho, revelou que ele nasceu com cinco quilos e "de nádegas". Segundo a genitora, o famoso e polêmico Silas "já chegou sendo do contra". Seria uma sina? O que conhecem a família Malafaia sabem do forte temperamento dos seus membros, onde polemizar é uma constante. Criado numa rotina de constante frequência à igreja e na escola bíblica dominical, Silas frequentou a classe "Ovelhinhas de Jesus". Chega a ser irônico para quem hoje o considera um manipulador das massas essa informação. Um dia ele foi ovelhinha... Em casa, os pais realizavam cultos domésticos. Ali, cada um dos rebentos da família recebia treinamento nas funções litúrgicas. Revezavam-se na leitura da Bíblia, nos cân

A fábrica de pastores - a tese

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Muito já se ouviu (ou escreveu) sobre à aversão inicial dos pioneiros das Assembleias de Deus (ADs) sobre o ensino teológico formal. Muitas foram as recomendações advertindo contra os "perigos" da teologia e dos institutos bíblicos, chamados pejorativamente de "fábricas de pastores". Mas agora, os interessados na história e desenvolvimento desses conflitos internos das ADs, poderão acessar a tese de doutorado Fábrica de pastores: interfaces e divergências entre educação teológica e fé cristã comunitária na teologia pentecostal  (Escola Superior de Teologia/São Leopoldo) do catarinense Claiton Ivan Pommerening. Claiton, procura em sua dissertação, dentro da "perspectiva histórica" dar subsídios "sociológicos e teológicos" sobre "os avanços e retrocessos que a educação teológica empreendeu nas Assembleias de Deus no Brasil".  Com esse objetivo, o estudioso detalha os embates que o tema provocou nas ADs, bem como abordar à const