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Mostrando postagens de agosto, 2016

Minhas memórias

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O ano de 1986, foi um ano inesquecível e agitado: Plano Cruzado, Copa do Mundo no México e eleições para a Assembleia Nacional Constituinte. Hegemonia do PMDB na política nacional. Também era, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o Ano Internacional da Paz. Neste ano, no dia 31 de agosto, tomei minha decisão de servir a Cristo na Assembleia de Deus (AD). Minha conversão se deu na pequena congregação do bairro Espinheiros em Itajaí. Visitava meus tios e avós, que há anos congregavam na AD e sempre evangelizavam à família. Contava com apenas 14 anos. Era um adolescente despertando para a vida. Voltando a minha cidade natal, Joinville, comecei a frequentar a AD no bairro Costa e Silva. A congregação se reunia em um diminuto templo de madeira situado em cima de um pequeno morro, muito próxima à Igreja Católica. Congregação do Costa e Silva na década de 1980 A igreja, na época, era liderada pelo pastor Satyro Loureiro. Satyro, aos 64 anos presidia a AD joinvilense

Os crentes de Goiânia - duplo pioneirismo

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Em outubro de 1933 começava à construção de Goiânia, futura capital de Goiás. Era o início da Marcha para o Oeste , plano do governo Vargas (1930-1945) para a colonização e povoamento da região Centro-Oeste do país. Segundo o jornalista Hélio Rocha, no jornal O Popular,  esses acontecimentos fizeram parte de uma verdadeira "saga" iniciada em uma manhã "molhada de chuva e lavada de sol". De todas as partes do Brasil vieram trabalhadores para erguer a cidade; edificando novas avenidas e palácios governamentais. Entre eles, estava um operário carioca, negro, de família numerosa e crente em Cristo, de nome Antônio Moreira. Moreira, convertido na Assembleia de Deus em Madureira (RJ), era diácono da igreja e nas atividades laborais iniciou o trabalho de evangelização na futura capital de Goiás. Reunido com outros crentes do Rio, Antônio alugou uma casa na localidade do bairro de Botafogo para realizar os cultos da AD em Goiânia.  Com o crescimento da igreja, Maca

Irmão Tavares - pioneiro da AD na Lapa (SP)

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* Por Izadil Tavares de Castro José Tavares de Castro gostava de ser conhecido como “irmão Tavares”. Nasceu no Estado de Alagoas, numa localidade chamada Barra do Canhoto, Alagoas, em 1910. De família católica tradicional, criou-se nos ditames daquela religião, mantendo-a até à idade adulta, quando já não se importava, de modo efetivo, com a vida espiritual. Era um católico por tradição familiar. Mudando-se de sua cidade natal, para Maceió; no ano de 1934, veio a conhecer o evangelho na Assembleia de Deus, onde decidiu tornar-se um discípulo de Jesus Cristo.  O irmão Tavares manteve em toda a sua vida cristã um amor indescritível pela Palavra de Deus, e pela oração; não dispensava os Estudos Bíblicos, nem a Escola Dominical em sua igreja. Tornou-se um evangelista, levando a mensagem do evangelho por onde andasse. Costumava ter sempre consigo uma edição do Novo Testamento e Salmos, hoje relíquia com um dos seus netos. Ficou viúvo e pai de uma filhinha.  Entre 1938 e 194

Mulheres pregadoras - Ester Ungur

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Letônia, leste europeu, início do século XX. No dia 30 de março de 1911, nascia na capital Riga, João Ungur. De origem luterana, a família do pequeno Ungur foi tocada pelo avivamento pentecostal naquele país. Orientados por uma profecia, seus familiares e muitos outros letos vieram ao Brasil, estabelecendo-se em Varpa (SP). Em São Paulo, Ungur filia-se à Igreja Batista e posteriormente à Assembleia de Deus (AD). Visitando Santa Catarina ajudou na evangelização da nascente denominação pentecostal e tempos depois fixou-se no ponto mais alto da geografia catarinense, na pequena e fria cidade de Urubici.  Nessa época, João Ungur morou entre os estados de Santa Catarina e São Paulo. Em 1942 é integrado à convenção catarinense. Ainda nessa fase nascem em Urubici suas duas filhas: Ester (17/08/1938), e Dulci Rute (18/01/1943). Ungur liderou diversas igrejas em Santa Catarina. Enfrentou várias lutas e polêmicas, terminando seu ministério na AD em Florianópolis. Entre tantas mudanças,