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Mostrando postagens de setembro, 2017

Televisão - O Canal 23

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No Mensageiro da Paz,  em fevereiro de 1967, foi publicado O Canal 23 . É notório na história assembleiana, que a televisão, suas programações e uso, sempre foram alvo de acirrados debates nas Convenções Gerais.  Criou-se toda uma mentalidade contrária a TV. Poucos tinham coragem de usar o aparelho abertamente em casa. A proibição era geral. Hinos eram compostos e gravados para combater a maléfica mídia. Um exemplo disso foi o LP da dupla Ageu e Mauro intitulado TV Tira a Visão. O versículo 3 do Salmo 101, “Não porei coisa má diante dos meus olhos" era o texto áureo dos pregadores contrários à mídia televisiva. Profecias e visões eram recorrentes para confirmação das mensagens. São memórias, que fazem parte do vasto folclore assembleiano. Em tempos de internet, as discussões sobre ter ou não televisão soam anacrônicas. Mas diante da baixa qualidade das programações (reality shows, novelas, seriados, programas de auditórios e policiais) O Canal 23 , cinquenta anos depoi

Paulo Macalão - origem e autonomia

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O Ministério de Madureira é uma das maiores ramificações das Assembleias de Deus no Brasil. Está presente em todo território nacional, e é inegável a força política de sua Convenção Nacional. Desde a suspensão da CGADB em 1989, Madureira tem se destacado por suas supostas inovações.  Mas, ao longo da história das ADs, percebe-se, que o signo das inovações está presente em Madureira desde sua origem na década de 1920 na cidade do Rio de Janeiro, na época, Capital da República do Brasil. E isso se deu por obra de um novo convertido de perfil inusitado para a maioria dos líderes assembleianos: Paulo Leivas Macalão. Nascido em Santana do Livramento (RS), em 1903, Macalão era filho de um general, procedia de família culta e havia estudado em bons colégios no Rio. A conversão ao pentecostalismo se deu na incipiente AD em São Cristóvão, bairro operário no Rio de Janeiro. "Macalão era gaúcho numa igreja de nortistas e nordestinos. Era filho de um general numa igreja de pobres

Presbíteros - o ministério da resistência

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Toda denominação religiosa possui sua hierarquia. As ADs, ao longo dos anos cristalizaram a sua: cooperador/auxiliar, diácono, presbítero, evangelista e pastor. Atualmente, em alguns ministérios outras nomenclaturas foram admitidas como a de apóstolo, bispo (a) e pastoras. Cooperador, diáconos e presbíteros dentro da denominação, caracterizaram-se por serem ministérios voltados para a igreja local, enquanto que evangelistas e pastores tem seu foco mais no contexto regional ou nacional das ADs. Mas é o presbítero ou o presbitério, o alvo das maiores controvérsias na história da AD, tanto teologicamente como administrativamente. O historiador Maxwell Fajardo, em seu livro Onde a luta de travar , destaca que os presbíteros (chamados anciãos nos primeiros tempos), na CGADB de 1933, foram autorizados a ministrar os sacramentos antes efetuados somente pelos pastores, no caso unção dos enfermos e batismo nas águas. Era a padronização das atividades do presbitério entre as diversas AD

AD em Curitiba - "nada há de novo debaixo do sol"

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Muitos acreditam, que a chamada “política eclesiástica” é algo recente dentro das ADs no Brasil. Porém, alguns casos “esquecidos” da história oficial, revelam práticas e situações de tensão na busca pelo poder. O pastor José Pimentel de Carvalho, ex-presidente da CGADB declarou certa vez, que assumiu a liderança da AD em Curitiba, em 1962, em um momento muito delicado. A igreja estava dividida, em crise, e contra sua vontade deixou a cidade do Rio de Janeiro para pastorear na capital paranaense. Mas, por qual divisão e crise a igreja passava? No site oficial da AD curitibana, há uma menção sobre dificuldades ministeriais no ano de 1952, quando "um pequeno grupo de dissidentes deixou a igreja”. Indício de dificuldades futuras e de tensões no seio da denominação? Matéria do Última Hora (PR) O certo, é que antes da efetivação do longevo pastor Pimentel, a denominação teve três pastores em pouco mais de quatro anos. Delfino Brunelli (1957-1959), Daniel Tavares Beltr