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Mostrando postagens de novembro, 2017

Ruptura na CGADB - detalhes da história

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Alguns detalhes sobre a primeira grande ruptura institucional da CGADB, em 1989, sob à presidência do pastor José Wellington Bezerra da Costa devem ser conhecidos. Como já se postou nesse blog, as versões são conflitantes e os interesses para que a primeira grande cisão na Convenção Geral ocorresse foram diversos. Entre as questões levantadas para a suspensão de Madureira da CGADB, na 29ª Assembleia Geral Extraordinária, realizada em Salvador (BA), estava a velha polêmica sobre a "jurisdição eclesiástica". Na década de 1980, a abertura de novas congregações de Madureira no Norte de Nordeste do Brasil, acirrou os ânimos dos convencionais. Porém, David Cabral em seu livro A outra face da História , destaca que a nova Mesa Diretora da CGADB resolveu nesse tempo, "reacender as antigas questiúnculas sobre 'jurisdição eclesiástica'". Cabral observa, que tal debate já era obsoleto, pois o Ministério "não possuía um só campo onde não houvessem um ou ma

Ruptura na CGADB (2ª parte)

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A primeira grande ruptura institucional na CGADB, aconteceu no fim dos anos 80, com a suspensão do Ministério de Madureira. O Brasil vivia a chamada "década perdida" do ponto de vista econômico, mas muitos avanços democráticos com o fim do Regime Militar (1964-1985). No mesmo período as ADs mergulharam na política partidária com candidatos próprios à Assembleia Nacional Constituinte. Só para lembrar: o Ministério de Madureira, desde os anos 20, sob à liderança de Paulo Leivas Macalão avançava nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Na década de 1950, Madureira já se firmava como um ministério inter-regional e de grande visibilidade política. Nessa época surgem as polêmicas sobre as "invasões de campo" ou do eufemismo "jurisdição eclesiástica". O crescimento e consolidação dos Ministérios assembleianos, e os projetos de expansão eclesiástica muitas vezes chocavam-se entre si. Madureira quase sempre estava no centro das controvérsias. Com

Missão Harpa - o projeto musical

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A Harpa Cristã faz parte da tradição das Assembleias de Deus no Brasil. Fundada em 1911, pelos missionários suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg, logo a igreja começou a usar em seus cultos hinos congregacionais, até que em 1922, Adriano Nobre organizasse a primeira Harpa Cristã em Recife, Pernambuco. Ao logo de mais de cem anos de história, o hinário oficial das ADs deu identidade à igreja e também se tornou parte da memória coletiva e individual dos seus membros. Hinos como o 15 são lembrados para testemunhar conversões, ou o 212  para inaugurações de templos. As composições da Harpa Cristã  preservam a teologia e os propósitos da vida cristã dos pioneiros assembleianos numa época de lutas, perseguições e muito sofrimento. Cantar seus hinos é voltar ao passado, é reviver tempos antigos e saber que cada canção foi marcante para os assembleianos do passado e será para os crentes do futuro. Agora com o objetivo de apresentar os hinos da Harpa Cristã para a nova ge

Ruptura na CGADB e suas histórias (1ª parte)

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As Assembleias de Deus no Brasil estão em polvorosa. O anúncio do desligamento dos pastores Jônatas Câmara (AD Manaus), e Samuel Câmara (AD Belém/PA) foi o assunto mais comentado nos sites e redes sociais. Junto com os irmãos Câmara, os líderes das ADs em Macapá (AP) também divulgaram a mesma decisão. A decisão dos líderes assembleianos anunciada recentemente, torna-se assim, a maior ruptura denominacional desde a suspensão do Ministério de Madureira em 1989, e é mais um capítulo da história de uma instituição (CGADB), que já nasceu em 1930 sob o estigma da divisão. Divergências sobre o ministério feminino, transferência dos templos e da liderança da Missão Sueca para os brasileiros foram os pontos mais polêmicos da primeira Convenção Geral. Nem mesmo a história oficial assembleiana disfarça, que ao longo de todos esse anos, a CGADB foi palco dos mais diversos confrontos. Conforme cresciam as ADs, os embates também surgiam com mais força. Jurisdição eclesiástica, rejeição ao u